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As maneiras arquitetônicas e artísticas e a maioria das outras formas artísticas se transferiram para os países ocidentais através das rotas de relação da civilização islâmica com o ocidente europeu, as quais citamos anteriormente.
As maneiras arquitetônicas e artísticas e a maioria das outras formas artísticas se transferiram para os países ocidentais através das rotas de relação da civilização islâmica com o ocidente europeu, as quais citamos anteriormente. O impacto das artes islâmicas tornou-se claro e evidente na civilização ocidental, “um grande número de fatos indica a fonte islâmica na idéia e na forma em muitas das belas artes européias”.[1]
Lamentavelmente, alguns artistas ocidentais atribuíram as formas da arte islâmica a si mesmos de maneira complementar ou decorativa, sem conhecer o conteúdo dos significados das palavras ao transferir as formas das letras da escrita árabe ou perceber o significado do conceito da decoração para o artista muçulmano. Tudo o que fizeram foi copiar a forma sem o conteúdo, de uma forma que comprova o fascínio externo com as formas decorativas.[2]
Dentro deste contexto, Gustav Lebon menciona a escrita árabe e diz: “A escrita árabe serviu para decoração de modo que os artistas cristãos na Idade Média e na época do Renascimento muito copiavam tudo o que chegava às suas mãos de pedaços de escritas árabes e enfeitavam as construções cristãs com estas escritas, seguindo o capricho. Mr Lungibrie e mr Lafoar e outros testemunharam muitas destas escritas na Itália. Entre aquilo que foi visto por Mr Lafoar no local de bagagens da Catedral de Milão, há um porta construída no modelo de Picarena rodeado por um friso de pedra, composto de uma palavra árabe repetida diversas vezes, há também uma escrita árabe ao redor da cabeça de Jesus, que está retratado acima das portas de São Pedro, que foram construídas com a ordem do Papa Eugênio IV, e escritas “kufis”compridas na camisa de São Pedro e de São Paulo”. Ele ainda conclui: “A não tradução destas escritas é uma das razões de meu lamento. Creio que a escrita ao redor da cabeça de Jesus é a declaração de que “não há divindade além de Allah, Muhammad é Mensageiro de Allah”![3]
E se a decoração árabe islâmica influenciou em demasia na abordagem e na visão de muitos artistas europeus, a escrita árabe – que é um dos mais importantes frutos da arte árabe islâmica - com toda a diversidade e rica variedade de suas formas e com a possibilidade de decoração com diversos retratos, também influenciou em demasia a visão e os trabalhos de muitos artistas da Europa. Seu impacto se estendeu desde a época das Cruzadas, quando os europeus se misturaram com os árabes, e ficaram admirados com a escrita que chamou suas atenções por causa da riqueza das formas, então as usaram em seus trabalhos artísticos. O pintor Fleulipe di Florença também usou a escrita árabe como decoração nas roupas das pessoas que ele pintava no século XV. O também florenciano Viríquio também utilizou a escrita árabe na decoração de um quadro de reverência aos reis, que está conservada em Florença.[4]
E assim, a arte islâmica conseguiu, com suas belas e produtivas características, influenciar em muitos dos conceitos europeus, através da influência nos trabalhas de vários artistas europeus. Eles encontraram nos traços da arte islâmica uma fonte infinda para os seus trabalhos artísticos, descobriram novas formas com traços e impactos vitais, paralelas em sua vitalidade à abundância de acentos e impacto existente nas formações arabescas e nas linhas de escrita árabe.
Depois desta rápida viagem, é nosso direito nos orgulhar profundamente com estas contribuições maravilhosas e com estes impactos imortais da nossa civilização, a civiização do Islam, tal civilização que iluminou todas as partes da humanidade em toda a sua caminhada, depois de a humanidade estar mergulhada em profunda escuridão.
[2] Veja: Inas Husni: Athar Al Fan Al Islami ála Al Tassuir Fi Ássr Al Nahdhah (O impacto da arte islâmica sobre a pintura na época da Renascença), p 120.
[3] Gustav Lebon: Civilização dos Árabes, p 531.
[4] Inas Husni: O impacto da arte islâmica sobre o desenho na época da Renascença, p 129.
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